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Amor Primitivo

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Eu nasci para amar, não para ser refém do amor alheio. Eu nunca dependi deste tipo de aprovação. Sempre sonhei com o amor verdadeiro, traçar sonhos juntos - a casa imensa de piso de mármore com crianças e meu amor na mesa de café. Em minha casa não há grades nas janelas, as chaves estão sempre nas fechaduras, todo mundo é livre pra entrar e sair, quando quiser. E assim como na minha casa, meu coração também é livre, amar não significar parar de ser você, há sim de renegar a certas coisas, mas tentar prender a quem se ama não é só cruel, é a maior violência à liberdade. Assassinar a auto-estima é um crime de pudor à vida, é cegar uma criança órfã.  Talvez eu prefira a casa de chão de mármore vazia e eu ainda não tenha percebido isso; com as janelas bem abertas, de onde eu possa observar em segurança as pessoas lá fora. Talvez amar o outro seja difícil demais pra mim e eu não consiga compreender ainda. Abnegar é árduo. Amar é ser o outro, sem deixar de ser você. Você deve ser comp

Janeiro

Eu sempre achei que se eu fingisse me importar com as pessoas, um dia eu realmente me importaria. Eu preciso desabafar isso hoje, pois até ontem eu pensava que não sentia. Não sentia a dor do outro, a perda do outro, eu fingia que sentia, pra ver se sentia, estava seguro no meu egoísmo. Mas ontem eu senti, me tornei vulnerável no momento em que me preocupei com o outro, só o amor nos faz desligar do que somos, do que queremos, para olhar para o outro com mais cuidado, mais atenção. Pensar no que falar para não magoar alguém, antes pra mim era um abuso, hoje se torna algo do meu cotidiano. Então ser humano deve ser isso, uma necessidade de amar para sentir, não por você, pelo outro. E sentir pelo outro dói, muito mais que sentir por si só, é um tumor no meio de um coração, que bate. Uma dor que todos devemos ter.