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Mostrando postagens de maio, 2011

Estante

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Na cama, deitados, você passava a mão em meus cabelos e parecíamos viajar em sonhos malucos, em verdades de ninguém, e em meio a conversas proibidas você me perguntava: - Você Gosta de mim? E então falei sem pensar: - Gosto . - pensei e completei. - Às vezes! Com um sorriso contente, você continuava a me acariciar, se sentindo confortável com a resposta. Mas eu não te amava, era cômodo estar com você, mas não era amor, não tinha como um coração que você magoou voltar a ter os mesmos sentimentos de antes, me dava medo a sensação de não saber que horas você iria mudar de idéia e me colocar de novo na sua estante entre seus livros de Nietzsche, e que horas você iria se cansar de brincar comigo, não se é possível construir um sentimento por você porque afinal eu tinha ressentimentos, eu não posso continuar a me diminuir pra estar com você. Então meu caro, a resposta correta a sua pergunta seria sempre "Eu não gosto de você, porque afinal eu gosto de mim!" . Mas ainda assim espero

Fascínio de número 1

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O olhar cor de vento que dizia que eu nunca iria amar uma mão inquieta se calou, parei de falar com os olhares, com medo das traduções possíveis deste olhar, não falo nem mais com o sorriso, nem gestos e calculo o que a minha boca as vezes vomita, arrasto meus sentimentos dentro de mim como se você fosse um santo e eu um pecado. Dentro do seu torax há a coisa mais bonita que já vi em vida, mais até mesmo que teu rosto, mais do que você pensa e mostra. Sim, hoje eu amo uma mão inquieta, que segura um cigarro, o tempo e o meu coração.